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A primeira foto da Lua, a brasileira e duas crateras na família!
(créditos: Vaz Tolentino.)

Informações sobre a Foto

A primeira foto da Lua, a brasileira e duas crateras na família!

(créditos: Vaz Tolentino.)

A relação de uma desconhecida brasileira com o autor da primeira foto da Lua na história e sua diferenciada descendência, com duas crateras lunares!

John William Draper (1811 — 1882) foi um professor, cientista, filósofo, médico, químico, historiador e fotógrafo estadunidense, nascido na Inglaterra. Ele foi fundador e primeiro presidente da Sociedade Americana de Química e, também, fundador da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Como grande pioneiro da astrofotografia, John Draper conseguiu o feito de obter a primeira foto da Lua na história.

No momento da inédita selenofotografia (foto lunar), em 16 de março de 1840 (183 anos atrás), John W. Draper estava no observatório da cobertura da Universidade de Nova York, quando posicionou um dispositivo daguerreótipo em processo de exposição por 30 minutos, através de um telescópio refletor de 5 polegadas.

Daguerreótipo é um antigo aparelho fotográfico inventado por Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787-1851), físico e pintor francês. Esse dispositivo proporcionou o primeiro processo fotográfico conhecido, anunciado e comercializado ao grande público a partir de 1839. Louis-Jacques-Mandé Daguerre possui uma cratera fantasma na Lua, nominada em 1935 pela International Astronomical Union (IAU) em sua homenagem, localizada no interior do Mare NECTARIS (cratera DAGUERRE: diâmetro: 46 km, profundidade: 0,12 km).

Imagem: a cratera de impacto DAGUERRE (diâmetro: 46 km, profundidade: 0,12 km), localizada próximo da grande cratera THEOPHILUS (diâmetro: 110 km, profundidade: 4,1 km), no interior do Mare NECTARIS.

O equipamento daguerreótipo utilizado por John W. Draper projetava as imagens obtidas numa câmara escura em uma folha de prata por sobre uma placa de cobre. O resultado do daguerreótipo de Draper foi uma imagem pouco nítida da Lua, mas capaz de mostrar alguns detalhes do rico relevo. Apesar da inédita realização astrofotográfica, lamentavelmente, o esforço de John W. Draper recebeu apenas um modesto reconhecimento dos seus colegas.

Até a década de 1950, acreditava-se que os daguerreótipos lunares de John W. Draper estavam perdidos, até serem encontrados em 1960, por funcionários da Universidade de Nova York, em uma das bibliotecas da instituição.

Imagem - domínio público: O daguerreótipo da Lua registrado por John William Draper em 1840. O tempo de exposição foi de meia hora. Atualmente encontra-se em exposição no Metropolitan Museum of Art / NY.

A brasileira, o autor da primeira selenofotografia da história e a descendência com duas crateras lunares (filho e neta):

O autor da primeira selenofotografia da história, John William Draper, era casado com a brasileira Antônia Caetana de Paiva Pereira Gardner Draper (1814 – 1870). Ela era filha do médico e professor inglês Dr. Daniel Gardner (1785-1831), autor do primeiro livro de química em português publicado no Brasil (“Syllabus ou Compendio das Lições de Chimica”, Imprensa Real, 1810) e de Carlota Joaquina de Paiva Pereira, dama da corte portuguesa.

Três dos filhos do casal John W. Draper e Antônia Caetana de Paiva se notabilizaram na ciência: o astrônomo Henry P. Draper (1837-1882), o químico Jonh C. Draper (1835-1885) e o meteorologista Daniel Draper (1841-1931).

A filha de John W. Draper e da brasileira Antônia Caetana, Virginia Maury Draper (1839 - 1885) casou-se com o Reverendo Mytton Maury (1839 - 1919) e foi mãe da novaiorquina Antônia Caetana de Paiva Pereira Maury ou simplesmente Antônia Maury (1866 - 1952), uma proeminente Astrônoma americana que publicou um importante catálogo pioneiro de espectros estelares e que também possui uma pequena cratera na Lua (Cratera MAURY: diâmetro: 17,6 km, profundidade: 3,4 km) designada em 1935 pela IAU para homenagear esta destacada neta de brasileira, localizada na orla leste do Lacus SOMNIORUM. Seu mais famoso foi a análise espectroscópica da estrela binária Beta Lyrae, publicada em 1933.

Imagem: a pequena cratera MAURY (diâmetro: 17,6 km, profundidade: 3,4 km), localizada a leste do Lacus SOMNIORUM, na região da grande cratera de piso fraturado POSIDONIUS (diâmetro: 100,75 km, profundidade: 1,37 km).

O filho de John William Draper e da brasileira Antônia Caetana de Paiva, Henry P. Draper (1837 - 1882), também médico e astrônomo amador, herdou a paixão do pai e se tornou um dos maiores astrofotógrafos do século XIX, inclusive obtendo registros importantes da superfície lunar. Henry P. Draper comandou uma expedição para fotografar o trânsito de Vênus em 1874 e, também, foi o primeiro a fotografar a Nebulosa de Orion, em 30 de setembro de 1880, utilizando um refrator Clark Brothers de 11 polegadas, com exposição de 50 minutos.

A pequena cratera de impacto de morfologia simples DRAPER (diâmetro: 8 km, profundidade: 1,74 km), localizada próxima da orla sul do Mare IMBRIUM e próxima da cordilheira dos Montes CARPATUS, foi nominada em 1935 pela IAU para homenagear a memória do astrônomo Henry P. Draper, um dos grandes astrofotógrafos do século XIX, tio da astrônoma Antônia Maury e filho de uma brasileira (Antônia Caetana de Paiva Pereira Gardner) com o químico (John William Draper) que fotografou, pela primeira vez na história, a nossa marcada e marcante Lua!

Imagem: a pequena cratera DRAPER (diâmetro: 8 km, profundidade: 1,74 km), localizada próxima da orla sul do Mare IMBRIUM e da cordilheira dos Montes CARPATUS. A proeminente cratera COPERNICUS (diâmetro: 93 km, profundidade: 3,8 km) aparece mais ao sul.

Fotos de frame único:

DAGUERRE‎09‎ de ‎maio‎ de ‎2023, ‏‎00:03:58 (03:03:58 UT).

MAURY‎10‎ de ‎abril‎ de ‎2012, ‏‎04:27:28 (07;27:28 UT).

DRAPER28‎ de ‎junho‎ de ‎2012, ‏‎20:43:04 (23:43:04 UT).

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