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SOL na manhã de 27 de maio de 2023 e algumas definições.
SOL na manhã de 27 de maio de 2023 e algumas definições (fotos de frame único):
As manchas solares são áreas menos quentes (por isso escuras) que podem ser melhor observadas principalmente na camada solar fotosfera, utilizando filtros de luz visível do tipo Baader. As manchas são criadas por atuações desreguladas de fortes campos magnéticos do Sol, que bloqueiam parte da energia solar que normalmente chegaria à superfície.
As manchas podem persistir por dias, semanas ou até meses, enquanto vão percorrendo e circundando a "superfície" solar, sofrendo mutações em seus formatos, tamanhos (expansão e/ou contração) e configurações magnéticas.
A estrutura visual de uma mancha solar é composta por sua região central mais escura, conhecida como “umbra”, que é circundada pela região menos escura, conhecida como “penumbra. A área de abrangência de uma mancha solar pode superar várias vezes o tamanho da superfície do planeta Terra.
Como exemplo, nas imagens do Sol de 27/05/2023 que acompanham este texto, a região ativa de manchas solares AR 3315 apresentava tamanho de 360 MH (360 Milionésimos do Hemisfério visível do Sol ou 1.094.400.000 km2, pois o valor de 1 MH equivale a aproximadamente 3,04 milhões de km2). Assim, este valor corresponde a aproximadamente 2 X a superfície do planeta Terra, haja visto que toda a superfície do planeta Terra (cerca de 510.072.000 km2) tem aproximadamente 169 milionésimos do disco solar visível, ou 169 MH.
É importante observar que nesse tipo de comparação (região ativa solar X planeta Terra) leva-se em consideração apenas a área do hemisfério solar visível (área da superfície da metade da esfera solar, ou ≅3.046.737.427.853 km2) X a área total do planeta Terra (não apenas um hemisfério) ou 510.072.000 km2.
Nas regiões tranquilas e não dominadas e afetadas pelas manchas solares, estão presentes as chamadas “células de convecção”, que operam num padrão brilhante de plasma (gás ionizado) quente e ascendente, conhecidos como grânulos (células individuais de gás quente). Esses grânulos são circundados por plasma menos quente (escuro) e descendente. Um grânulo apresenta aproximadamente 1.000 km de diâmetro e sobrevive por cerca de 15 minutos.
Na camada logo acima da fotosfera, conhecida como cromosfera, geralmente estão presentes longos “filamentos” escuros (menos quentes) e alongados (são vistos projetados por sobre o disco solar), originários de regiões ativas detentoras de campo magnético de menor magnitude. Quando os “filamentos” são criados no limbo solar (são vistos de perfil), passam a ser conhecidos como “proeminências”.
As regiões ativas de manchas solares podem gerar grandes eventos explosivos como “flares” e ejeções de massa coronal (EMC). Tais eventos configuram-se através de fortes tempestades solares e maciças explosões que espalham muita energia, luz e partículas ionizadas através do vento solar, em altíssima velocidade, que podem atingir a Terra e causar transtornos nos sistemas de comunicações e oscilações na rede elétrica. Quando as partículas eletricamente carregadas de uma EMC atingem os campos magnéticos dos polos da Terra, elas interagem com os gases da atmosfera terrestre e liberam fótons, criando as belas cores e formas das famosas auroras boreal e austral.
A frequência, quantidade e intensidade das manchas solares refletem o panorama de atividades ao longo do período cíclico solar, que compreende 11anos. Atualmente o Sol está caminhando por seu ciclo 25 (desde 1755, quando iniciaram os registros), com a frequência e quantidade de manchas crescendo. O ciclo solar 25 começou em dezembro de 2019 e estima-se que vá até 2030, atingindo seu pico em 2025, trazendo tempestades solares e muitas aparições de auroras, embora espere-se que seja mais brando. Os cientistas acompanham a evolução das manchas para definir previsões de grandes tempestades solares que possam atingir a Terra e causar danos.
Abaixo apresentamos e descrevemos as diversas formações solares:
FORMAÇÕES PRESENTES NO SOL:
FILAMENTO: É UMA PROEMINÊNCIA QUE SURGE NO DISCO SOLAR. SE APRESENTA COMO UM “FIO” DE TONALIDADE MAIS ESCURA QUE A REGIÃO CIRCUNDANTE (DEVIDO À TEMPERATURA MAIS BAIXA DO PLASMA). É A ESTRUTURA MAIS FRIA E DENSA DA CROMOSFERA, ESTICADAS PELOS CAMINHAMENTOS DOS CAMPOS MAGNÉTICOS.
PLAGES (PRAIAS): SÃO NÓDOAS BRILHANTES E QUENTES PRESENTES NAS REGIÕES AO REDOR DAS MANCHAS SOLARES (MUITAS VEZES PRECEDEM O APARECIMENTO DAS MANCHAS E PODEM PERMANECER APÓS O DESAPARECIMENTO DELAS) E ESTÃO ASSOCIADAS COM CAMPOS MAGNÉTICOS INTENSOS.
MANCHAS SOLARES: SÃO FENÔMENOS TEMPORÁRIOS (PODEM DURAR DIAS, SEMANAS OU MESES) NA FOTOSFERA DO SOL, QUE APARECEM VISUALMENTE COMO MANCHAS ESCURAS EM COMPARAÇÃO COM REGIÕES VIZINHAS. ELAS PODEM SE EXPANDIR OU CONTRAIR À MEDIDA QUE SE MOVIMENTAM AO REDOR DA SUPERFÍCIE DA ESFERA SOLAR. AS REGIÕES ATIVAS DE MANCHAS SOLARES CONCENTRAM INTENSA ATIVIDADE MAGNÉTICA, COM DIMINUIÇÃO DE PRESSÃO DAS MASSAS GASOSAS. ISSO CAUSA A DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA NA REGIÃO ATIVA DA MANCHA, EM RELAÇÃO À FOTOSFERA CIRCUNDANTE. POR ISSO, A REGIÃO DE UMA MANCHA SOLAR TORNA-SE MENOS BRILHANTE E PRODUZ UM ASPECTO ESCURO PARA QUEM OBSERVA.
PROEMINÊNCIAS: SÃO GRANDES FORMAÇÕES BRILHANTES QUE SE ESTENDEM PARA FORA DA SUFERFÍCIE DO SOL, OBSERVADAS JUNTO AO LIMBO DO DISCO SOLAR. CARACTERIZAM-SE COMO GRANDES NUVENS INCANDESCENTES DE GÁS QUENTE IONIZADO (PLASMA – COMPOSTO DE HIDROGÊNIO E HÉLIO), QUE SE PROJETAM POR CENTENAS DE MILHARES DE QUILÔMETROS A PARTIR DA FOTOSFERA, EM DIREÇÃO À CORONA SOLAR (ATMOSFERA EXTERNA DO SOL). QUANDO ESTÁVEIS, PODEM PERSISTIR POR VÁRIOS MESES. MUITAS PROEMINÊNCIAS SE PROJETAM EM FORMA DE LOOP.
GRANULAÇÕES: SÃO FORMAÇÕES CAUSADAS POR PROCESSOS DE CONVECÇÃO NA FOTOSFERA, PRODUZINDO ZONAS MAIS CLARAS (GÁS QUENTE QUE SOBE) E ZONAS MAIS ESCURAS (GÁS FRIO QUE DESCE). OS GRÂNULOS SÃO CRIADOS E DESAPARECEM EM PEQUENOS CICLOS DE APENAS ALGUNS MINUTOS.
Composição com fotos de frame único, utilizandofiltros H-Alpha e Baader Luz Visível.