Informações sobre a Foto
Revisitando cratera SuperFantasma sem catalogação da IAU.
Revisitamos a cratera "superfantasma", sem catalogação pela IAU, que foi descoberta pelo Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL) em fevereiro de 2011.
Nessa foto de 10 de abril de 2012, 04:08:06, REVISITAMOS uma possível cratera fantasma descoberta pelo VTOL, sem catalogação pela IAU (International Astronomical Union), perto da margem sul do Mare Serenitatis. A primeira foto do VTOL que capturou essa misteriosa formação, quando da descoberta, foi executada em 22 de fevereiro de 2011, 02:08:06.
O cientista planetário americano Charles A. Wood, responsável pelo website LPOD (Lunar Photo Of the Day) afirmou o seguinte: “A formação parece ter um contorno circular, quase perfeito, com um pico central, além de interromper as nervuras ou cristas do mar de lava. Por causa da alta iluminação, a misteriosa formação fantasma é definida apenas por marcações menores causadas pelo albedo. Nada tinha sido comentado antes a respeito dessa suposta cratera fantasma e não é claro que é real. Mas ela está numa posição perto da borda da bacia, onde as lavas do Mare Serenitatis são finas, e onde crateras formadas na superfície original da bacia foram totalmente soterradas por lavas basálticas. Algumas cristas de lava definem parte do possível aro, mas pode haver outros indícios. O pico central, muito bem posicionado, parece isolado das cristas”.
O perfil altimétrico:
Coordenadas selenográficas da cratera superfantasma: LAT: 18.8 o N e LON: 19.3 o E. O diâmetro apresentado pelo perfil altimétrico é de aproximadamente 47 Km e a profundidade é de aproximadamente 100 m.
Além das cristas de lava, as outras partes que definem o aro não possuem uma delimitação física externa, aparentando, por todo o conjunto, pertencer realmente a uma cratera inundada por lava, que apresenta um pico central bem definido e isolado, caracterizando uma cratera de impacto do tipo complexa, com diâmetro aproximado de 47 Km, quando comparado a PLINIUS (coord. selen. Lat: 15.4º N / Lon: 23.7º E), com seus 43 Km de diâmetro, que se posiciona a 126 Km a sudeste da misteriosa formação.
Uma característica da superfície lunar que nos favorece no sentido de apontar esta formação como sendo de fato uma cratera “superfantasma”, além da soma dos fatores favoráveis descritos acima, é a questão do efeito de luminescência associada ao albedo. Existem comprovadamente na Lua formações ou fenômenos que são visíveis apenas em condições especiais, e invisíveis em outras condições. Um exemplo clássico são as raias brilhantes das crateras mais jovens, que não se revelam quando o terminadouro está próximo.
Com efeito, sabendo que a constituição do material do bordo das crateras é diferente do material da região circundante, seu albedo será consequentemente diferente. A suposta cratera “superfantasma” parece estar quase aflorando na superfície inundada por lava, o que pode conferir um efeito de contraste sob condições especiais.
Foto executada com apenas 1 frame em 10 de abril de 2012, 04:08:06 (07:08:06 UT).