Informações sobre a Foto
ENDYMION, ATLAS & HERCULES.
Cratera ENDYMION:
Diâmetro: 125 Km;
Profundidade: 2,6 Km.
Coordenadas Selenográficas: LAT: 53° 36′ 00″ N, LON: 56° 30′ 00″ E.
Período Geológico Lunar: Pré-Nectárico (-4,55 bilhões até -3,92 bilhões de anos atrás).
ENDYMION é uma cratera de aro circular localizada à leste do Mare FRIGORIS e ao Norte do Lacus TEMPORIS, próximo ao limbo nordeste da Lua. Por estar perto do limbo, quando observada através de telescópio, ENDYMION apresenta um formato oval ou elíptico.
A muralha exterior de um modo geral é baixa (com exceção da borda sudeste que é mais alta), larga, e um pouco desgastada.
Próximo à borda oeste de ENDYMION localiza-se a cratera Endymion J (diâmetro: 67 Km) e próximo à borda nordeste, localiza-se a cratera Endymion A (diâmetro: 30 Km).
O grande piso de ENDYMION foi inundado no passado por lava escura (baixo albedo), o que faz com que a cratera se destaque de seu meio exterior, tornando-a um alvo fácil de ser localizado. O largo piso é plano e liso, não apresentando nenhum destaque digno de nota, a não ser minúsculas crateras difíceis de enxergar e as tênues estrias de raios brilhantes (quase imperceptíveis), provenientes de material ejetado nos impactos que criaram certas crateras vizinhas mais jovens (como a cratera THALES).
O nome ENDYMION é uma homenagem a um personagem da Mitologia Grega que, teria sido segundo uma das versões disponíveis, um rei que governava e residia em Olympia.
Cratera ATLAS – Cratera com 87 Km (54 milhas) de diâmetro. Lat: 46.7º N Lon: 44.4º E.
Cratera HERCULES – Cratera com 69 Km (43 Km) de diâmetro. Lat: 46.7º N Lon: 39.1º E.
Foto nos mapas LAC 27 e LAC 26.
Melhor época para observação: 4 dias após à fase “Lua nova” ou 3 dias depois da fase “Lua cheia”.
Quem foi Atlas ? Na Mitologia Grega foi um dos titãs gregos condenados por Zeus (rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão) a sustentar o céu para sempre. Foi o primeiro rei da mítica Atlântida. Ele era casado com Pleione (filha dos titãs Oceano e Tétis), com quem teve sete filhas, as chamadas Plêiades (Electra, Celeno, Taigete, Maia, Asterope e Dríope).
Quem foi Hercules ? Nome em latin dado pelos antigos romanos a Héracles, famoso pela sua força e herói da Mitologia Grega. Era filho de Zeus com a mortal Alcmena (mulher de Anfitrião, rei de Tebas. Enquanto Anfitrião estava na guerra, Zeus transformou-se na figura de Anfitrião para enganar Alcmena e ter com ela o filho Hércules).
No quadrante nordeste da Lua, localizam-se um par de proeminentes crateras de impacto: Atlas e Hercules.
Atlas que tem 2 Km de profundidade, possui pequenas colinas situadas na região central de seu piso irregular, que é “fraturado” por um sistema de canais delgados em forma de “Y “, conhecido como Rimae Atlas, somando 60 km de comprimento. Supõe-se que a origem desses canais deveu-se às atividades vulcânicas, pois existem no interior da cratera duas manchas escuras (dark halo) indicando vulcanismo no passado. A noroeste de Atlas encontra-se a grande cratera Endymion (123 Km de diâmetro, Lat: 53.9º N Long: 57.0º E), com seu piso liso e escuro (baixo albedo), cheio de lava, com 2,6 Km de profundidade.
Hercules que tem 3.2 Km de profundidade, teve o piso interno de sua cratera inundado por lava basáltica, tempos depois do impacto que a cunhou na superfície lunar. Seu pico central foi soterrado pela lava escura. Porém, se observarmos atentamente o seu centro, e veremos uma minúscula protuberância que os cientistas suspeitam ser uma parte remanescente do pico de uma montanha central. Essa minúscula saliência está posicionada ao norte da pequena e jovem cratera Hercules G (14 Km de diâmetro), que quase acertou na “mosca” do alvo Hercules.
A borda sul de Hercules está “carimbada” pelo impacto da minúscula cratera Hercules E (9 Km de diâmetro).
No passado, na região de Hercules, foram registrados relatos de TLP (Transient Lunar Phenomenon– fenômeno lunar transitório, breve ou passageiro), que são descritos como aparições rápidas de luzes, cores ou mudança de aparência no visual, o que poderia demonstrar a existência de manifestações vulcânicas, escape de gases ou outros processos geológicos que supostamente implicaria que a Lua não estaria geologicamente morta. O termo TLP foi criado em 1968 pelo astrônomo inglês Sir Patrick Moore, autor de mais de 70 livros sobre astronomia e colunista da revista inglesa Sky at Night.
Dados técnicos da foto:
Autor:
Ricardo José Vaz Tolentino.
Data e Hora:
25 de junho de 2012, 18h08m (21:08 UT);
Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram utilizados filtros.
Telescópio:
Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;
Diâmetro Espelho Primário:
305mm (12”);
Distância Focal:
1500mm;
Focal/Ratio - (f/):
5;
Tripé ou Montagem:
Dobsoniana;
Barlow:
ORION Highlight 3X Barlow;
Câmera:
Orion StarShoot Solar System Color Imager III;