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Maria Mitchell - a astrônoma americana e sua cratera na Lua.
(créditos: Vaz Tolentino)

Informações sobre a Foto

Maria Mitchell - a astrônoma americana e sua cratera na Lua.

(créditos: Vaz Tolentino)

Crateras na Lua que homenageiam importantes personalidades femininas da história.

Com os objetivos de homenagear as mulheres no “Dia Internacional da Mulher de 2017” e também, relembrar as trajetórias e histórias de importantes mulheres que estavam à frente de seu tempo, resolvemos publicar uma série de selenofotografias feitas através dos telescópios do VTOL, enfocando um grupo específico de crateras lunares, existentes no hemisfério visível da Lua, que foram nomeadas pela International Astronomical Union (IAU) em honra da memória de certas mulheres, que foram diferenciadas e fantásticas em suas épocas.

Publicações anteriores dessa série:

Mosáico com as fotos das crateras que homenageiam mulheres importantes, presentes no hemisfério visível da Lua:

http://vaztolentino.com.br/imagens/7461-Crateras-que-homenageiam-importantes-MULHERES

Quais são e onde estão localizadas as crateras que homenageiam mulheres importantes, tanto no hemisfério visível, quanto no hemisfério oculto:

http://vaztolentino.com.br/imagens/7462-Magnificas-mulheres-na-Lua

 

Abaixo estão os links das selenofotografias da série "mulheres fora de série da história" já publicadasEssas mulheres de alguma forma se destacaram, contribuíram positivamente para o desenvolvimento da ciência e marcaram suas épocas.

Primeira selenofotografia da série:  Anne Sheepshanks (1789-1876): benfeitora britânica na área da astronomia.

http://vaztolentino.com/imagens/7463-Anne-Sheepshanks-a-benfeitora-britanica-e-sua-cratera-na-Lua

Segunda selenofotografia da sérieAntonia Coetana de Paiva Pereira Maury (1866 - 1952): astrônoma americana.

http://vaztolentino.com.br/imagens/7464-Antonia-Maury-a-astronoma-americana-e-sua-cratera-na-Lua

Terceira selenofotografia da série: Mary Adela Blagg (1858-1944): astrônoma britânica.

http://vaztolentino.com.br/imagens/7465-Mary-Adela-Blagg-a-astronoma-britanica-e-sua-cratera-na-Lua

Quarta selenofotografia da série: Mary Proctor (1862 - 1957): astrônoma amadora americana, difusora da astronomia.

http://vaztolentino.com/imagens/7466-Mary-Proctor-a-astronoma-amadora-e-sua-cratera-na-Lua

Quinta selenografia da série: Hypatia de Alexandria (370 - 415): bela astrônoma, matemática e filósofa egípcia.

http://vaztolentino.com.br/imagens/7467-Hypatia-bela-astronoma-matematica-e-filosofa-egipcia

Sexta selenofotografia da série: Louise Freeland Jenkins (1888 - 1970): astrônoma americana. 

http://vaztolentino.com.br/imagens/7468-Louise-Freeland-Jenkins-a-astronoma-americana-e-sua-cratera

Sétima selenofotografia da série: Mary Fairfax Somerville (1780 - 1872): escritora e polímata escocesa.

http://vaztolentino.com.br/imagens/7469-Mary-Somerville-a-escritora-e-polimata-escocesa-e-sua-cratera

 

Oitava selenofotografia da série:

Maria Mitchell (1818 - 1889) astrônoma americana.

Maria Mitchell (1818 - 1889) foi uma importante astrônoma americana. No outono de 1847, usando seu telescópio, ela descobriu o cometa "Miss Mitchell's Comet" (Cometa 1847 VI, cuja designação moderna é C/1847 T1). Mais precisamente, em 01 de outubro de 1847, Maria Mitchell subiu ao telhado de sua casa em Nantucket (Massachusetts) e observou as estrelas através de seu telescópio. Às 10:30 UT ela descobriu o cometa.

Mitchell também foi pioneira em seu tempo, tornando-se a primeira mulher americana a trabalhar como astrônoma profissional. Mitchell ganhou a Gold Medal Prize pela grande descoberta do cometa. A medalha foi entregue a ela pelo rei Frederick VI da Dinamarca. Sobre essa medalha estava inscrito "Non Frustra Signorum Obitus Speculamur et Ortus", (em latim: "Não em vão nós assistimos o nascer e o ocaso das estrelas").

Em 1848, Maria Mitchell se tornou a primeira mulher eleita para a Fellow of the American Academy of Arts and Sciences. Em 1850 ela foi eleita para fazer parte da American Association for the Advancement of Science. Em 1869, Mitchell também foi uma das primeiras mulheres eleitas para a American Philosophical Society (na mesma reunião Mary Somerville, que possui cratera na Lua com seu nome, também foi eleita). Mais tarde trabalhou no U.S. Nautical Almanac Office, calculando tabelas das posições de Vênus.

Em 1865, Maria Mitchell foi a primeira pessoa a ser nomeada professor de astronomia no Vassar College. Mais tarde, ela também foi nomeada como Diretora do Vassar College Observatory.

Maria Mitchell faleceu em 28 de junho de 1889, em  Lynn, Massachusetts, com 70 anos. Em 1935, a International Astronomical Union (IAU) imortalizou sua memória, nominando uma cratera de impacto na Lua (MITCHELL), localizada junto à borda leste da proeminente cratera ARISTOTELES (diâmetro: 87 Km, profundidade: 4,3 Km). A cratera MITCHELL também pussui 2 crateras satélites (Mitchell B e Mitchell E).

 

A cratera MITCHELL e a cratera ARISTOTELES:

ARISTOTELES (diâmetro: 87 Km, profundidade: 4,3 Km) é uma bela cratera de impacto de morfologia complexa, relativamente nova, que faz um destacado par com a cratera EUDOXUS. ARISTOTELES é a maior cratera do Mare FRIGORIS. Ela está localizada no quadrante nordeste da Lua, na margem sul desse mar de lavas escuras com formato longitudinal. Encontra-se a cerca de 150 Km a leste do Vallis ALPES.

O massivo impacto que escavou ARISTOTELES, ejetou grande quantidade de escombros que alteraram a paisagem ao redor da cratera. Na superfície externa no entorno de ARISTOTELES, inclusive por sobre as lavas escuras do Mare FRIGORIS, estão bem visíveis longas estrias radiais e pequenas crateras secundárias causadas por materiais ejetados.

As bordas de ARISTOTELES não fazem um círculo perfeito e possuem um aspecto poligonal. Os restos dos desmoronamentos e deslizamentos das partes internas de suas paredes contribuíram para o desaparecimento dos detalhes originais de seu interior. As paredes internas são largas e estruturadas em terraços, como grandes degraus ou curvas de nível.

Seu piso interno é irregular, um pouco áspero e ondulado, não existindo um monte central e sim dois picos minúsculos e baixos, fora do centro do piso.

Uma cratera menor conhecida como MITCHELL (diâmetro: 30 Km, profundidade: 1,04 Km, coordenadas selenográficas LAT: 49° 42′ 00″ N, LAT: 20° 12′ 00″ E) está ligada à parede leste de ARISTOTELES. O piso interno de MITCHELL é áspero e irregular, com uma elevação central baixa, sendo parcialmente preenchido com material ejetado no impacto que criou a grande e mais jovem cratera ARISTOTELES. A borda oeste de MITCHELL foi completamente absorvida pela borda leste de ARISTOTELES, ou seja, um pedaço da borda de MITCHELL foi adentrada por ARISTOTELES. Isso indica que a presença de MITCHELL é anterior a de ARISTOTELES. O resultado desses impactos foi um desenho parecido com uma espécie de anel de pedra preciosa.

Normalmente, de acordo com a lógica da cronologia lunar (e do Sistema Solar), é mais comum encontrar pequenas crateras hospedadas nos pisos das maiores. Porém,um fato interessante sobre a cratera ARISTOTELES é que, seu impacto, atingiu parte da cratera MITCHELL, que possui menor diâmetro e já estava lá. Esse caso é incomum. Geralmente, as grandes crateras se formaram mais cedo na história lunar, para depois se tornarem menos frequentes com o tempo. 

Composição: As crateras ARISTOTELES (diâmetro: 87 Km) e MITCHELL (diâmetro: 30 Km) fotografadas em voo orbital pela sonda lunar robótica LRO da NASA.

Foto executada com apenas 1 frame em ‎22‎ de ‎fevereiro‎ de ‎2011, ‏‎02:31:08.

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