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Crateras Argentinas: BOBONE, DAWSON, HOUSSAY e SEGERS
Série CRATERAS "ARGENTINAS":
Você sabia que existem mais crateras lunares com nomes de argentinos do que de brasileiros e de portugueses? Realmente é verdade!
São 2 brasileiros, 4 portugueses e 5 argentinos que possuem seus nomes em crateras de impacto na Lua.
Os brasileiros são :
DE MORAES – Veja em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7487-DE-MORAES-a-cratera-do-professor-e-astronomo-BRASILEIRO (cratera no hemisfério oculto)
SANTOS-DUMONT – Veja em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7488-SANTOS-DUMONT-a-cratera-que-homenageia-o-pai-da-aviacao (cratera no hemisfério visível)
Os portugueses são (4 crateras no hemisfério visível):
ACOSTA – Veja em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7483-ACOSTA-a-cratera-que-homenageia-um-medico-PORTUGUeS
MAGELHAENS – Veja em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7486-MAGELHAENS-cratera-do-explorador-e-navegador-PORTUGUeS
NONIUS – Veja em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7484-NONIUS-a-cratera-de-um-matematico-e-professor-PORTUGUeS
VASCO DA GAMA – Veja em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7485-VASCO-DA-GAMA-cratera-do-grande-explorador-PORTUGUeS
Já os argentinos, possuem 4 crateras no hemisfério oculto e 1 cratera no hemisfério visível. Hoje publicaremos sobre as 4 crateras do hemisfério oculto e um pouco da história das personalidades que tiveram seus nomes imortalizados nessas crateras. Na próxima postagem, publicaremos sobre a cratera argentina da face lunar visível.
Crateras "argentinas" do hemisfério lunar oculto - (todas as imagens foram feitas pela sonda lunar robótica americana Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA.
CRATERAS "ARGENTINAS" da face lunar oculta:
- BOBONE;
- DAWSON;
- HOUSSAY;
- SEGERS.
Composição: As fotos do astrônomo argentino Jorge Emilio Bobone (1901 – 1958), do astrônomo argentino Bernhard Hildebrandt Dawson (1890 – 1960)., do fisiologista argentino Bernardo Alberto Houssay (1887 - 1971) e a placa em homenagem ao astrônomo argentino Carlos Segers (1900-1967).
Imagem: O hemisfério lunar oculto, fotografado pela sonda lunar americana LRO, apresentando os locais onde estão as 4 crateras "argentinas" - NASA / LRO.
A – Cratera BOBONE – diâmetro: 31 Km, coordenadas selenográficas: LAT: 26° 54′ 00″ S, LON: 131° 48′ 00″ W.
Nome oficializado pela International Astronomical Union (IAU) em 1970 para homenagear o astrônomo argentino Jorge Emilio Bobone (1901 – 1958). Jorge Bobone atuou no Observatorio Nacional Argentino, em Córdoba, fundado na década de 1870 por Benjamin Apthorp Gould (1824 – 1896, astrônomo americano), que atualmente pertencente à Universidad Nacional de Córdoba.
Entre 1928 e 1954 publicou vários artigos no Astronomical Journal e no Astronomische Nachrichten. A maioria dos seus trabalhos enfocavam observações fotográficas de cometas, as efemérides de Júpiter VI (Himalia - maior satélite irregular de Júpiter) e alguns asteroides.
B – Cratera DAWSON – diâmetro: 45 Km, coordenadas selenográficas: LAT: 67° 24′ 00″ S, lon: 134° 42′ 00″ W.
Nome oficializado pela International Astronomical Union (IAU) em 1970 para homenagear o astrônomo argentino nascido nos EUA, Bernhard Hildebrandt Dawson (1890 – 1960). Bernhard Dawson nasceu em Kansas City, Missouri e obteve o bacharelado em ciências pela Universidade de Michigan, em 1916. A partir de 1913, trabalhou no Observatório de La Plata, na Argentina. Em 1933 obteve um Ph.D. pela Universidade de Michigan, com uma tese intitulada "The System Beta 1000 Plus Delta 31". Foi professor na Faculdad de Ingeniera de San Juan, de 1948 até 1955. Seus estudos astronômicos incluíam estrelas duplas do sul, estrelas variáveis, ocultações, asteroides e cometas. Em 1958, tornou-se o primeiro presidente da Asociación Argentina de Astronomía. O asteróide 1829 Dawson foi nomeado em sua homenagem.
C – Cratera HOUSSAY – diâmetro: 24,5 Km, coordenadas selenográficas: LAT: 83° 00′ 00″ N, LON: 098° 30′ 00″ E.
Nome oficializado pela International Astronomical Union (IAU) em 2009 para homenagear o fisiologista argentino Bernardo Alberto Houssay (1887 - 1971). Bernardo Houssay recebeu um meio Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1947, por sua descoberta do papel desempenhado pelos hormônios pituitários na regulação da quantidade de açúcar no sangue (glicose) em animais. Ele é o primeiro laureado latino-americano no Prêmio Nobel de Ciências. Ele compartilhou o prêmio com Carl Ferdinand Cori (bioquímico e farmacologista checo-americano nascido em Praga, 1896 – 1984) e Gerty Theresa Cori (bioquímica checo-americana que se tornou a terceira mulher - e primeira mulher americana - a ganhar um Prêmio Nobel de ciências, além de ser a primeira mulher laureada com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina, 1896 – 1957), que também ganharam por suas descobertas sobre o papel da glicose no metabolismo de carboidratos.
D – Cratera SEGERS – diâmetro: 17 Km, coordenadas selenográficas: LAT: 47° 06′ 00″ N, LON: 127° 42′ 00″ E.
Nome oficializado pela International Astronomical Union (IAU) em 1970 para homenagear o astrônomo argentino Carlos Segers (1900-1967). Segers foi um grande observador de estrelas variáveis e apoiador da astronomia amadora na América do Sul, tendo organizado muitas associações nesse segmento. Em 1929, Carlos Segers fundou a "Asociación Argentina Amigos de la Astronomía". Nessa instituição, atuou em várias posições, inclusive como Professor (ministrando cursos de Introdução à Astronomia), Diretor da "Revista Astronómica", Diretor do Observatório e, finalmente, Presidente. Carlos Segers foi um grande e ativo observador de estrelas variáveis, tendo enviado regularmente muitos relatórios para a "American Association of Variable Star Observers" (AAVSO). No dia 12 de Outubro de 1958, em Santiago do Chile, Carlos Segers participou da fundação da "Liga Latinoamericana de Astronomía" (que depois foi renomeada para "Liga Iberoamericana de Astronomía" - LIADA), juntamente com outros proeminentes astrônomos.
Fotos: Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) - NASA.