Informações sobre a Foto
ATLAS, HERCULES, BÜRG & POSIDONIUS.
ATLAS – Cratera com 87 Km (54 milhas) de diâmetro. Lat: 46.7º N Long: 44.4º E.
HERCULES – Cratera com 69 Km (43 Km) de diâmetro. Lat: 46.7º N Long: 39.1º E.
POSIDONIUS – Lat: 31.8° N, Long: 29.9° E, diâmetro: 95 Km, profundidade: 2.3 Km.
Coordenadas selenográficas de LACUS MORTIS: Lat: 45.0° N, Long: 27.2° E.
Diâmetro de 151 km e área: 21.000 Km2 .
Coordenadas selenográficas de BÜRG: Lat: 45.0° N, Long: 28.2° E.
Diâmetro de 40 km e profundidade: 1,8 Km.
POSIDONIUS– Cratera com 95 Km de diâmetro e 2,3 km de profundidade.
Foto nos mapas LAC 27 e LAC 26.
Melhor época para observação: 4 dias após à fase “Lua nova” ou 3 dias depois da fase “Lua cheia”.
Quem foi Atlas ? Na Mitologia Grega foi um dos titãs gregos condenados por Zeus (rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão) a sustentar o céu para sempre. Foi o primeiro rei da mítica Atlântida. Ele era casado com Pleione (filha dos titãs Oceano e Tétis), com quem teve sete filhas, as chamadas Plêiades (Electra, Celeno, Taigete, Maia, Asterope e Dríope).
Quem foi Hercules ? Nome em latin dado pelos antigos romanos a Héracles, famoso pela sua força e herói da Mitologia Grega. Era filho de Zeus com a mortal Alcmena (mulher de Anfitrião, rei de Tebas. Enquanto Anfitrião estava na guerra, Zeus transformou-se na figura de Anfitrião para enganar Alcmena e ter com ela o filho Hércules).
No quadrante nordeste da Lua, localizam-se um par de proeminentes crateras de impacto: Atlas e Hercules.
Atlas que tem 2 Km de profundidade, possui pequenas colinas situadas na região central de seu piso irregular, que é “fraturado” por um sistema de canais delgados em forma de “Y “, conhecido como Rimae Atlas, somando 60 km de comprimento. Supõe-se que a origem desses canais deveu-se às atividades vulcânicas, pois existem no interior da cratera duas manchas escuras (dark halo) indicando vulcanismo no passado. A noroeste de Atlas encontra-se a grande cratera Endymion (123 Km de diâmetro, Lat: 53.9º N Long: 57.0º E), com seu piso liso e escuro (baixo albedo), cheio de lava, com 2,6 Km de profundidade.
Hercules que tem 3.2 Km de profundidade, teve o piso interno de sua cratera inundado por lava basáltica, tempos depois do impacto que a cunhou na superfície lunar. Seu pico central foi soterrado pela lava escura. Porém, se observarmos atentamente o seu centro, e veremos uma minúscula protuberância que os cientistas suspeitam ser uma parte remanescente do pico de uma montanha central. Essa minúscula saliência está posicionada ao norte da pequena e jovem cratera Hercules G (14 Km de diâmetro), que quase acertou na “mosca” do alvo Hercules.
A borda sul de Hercules está “carimbada” pelo impacto da minúscula cratera Hercules E (9 Km de diâmetro).
No passado, na região de Hercules, foram registrados relatos de TLP (Transient Lunar Phenomenon– fenômeno lunar transitório, breve ou passageiro), que são descritos como aparições rápidas de luzes, cores ou mudança de aparência no visual, o que poderia demonstrar a existência de manifestações vulcânicas, escape de gases ou outros processos geológicos que supostamente implicaria que a Lua não estaria geologicamente morta. O termo TLP foi criado em 1968 pelo astrônomo inglês Sir Patrick Moore, autor de mais de 70 livros sobre astronomia e colunista da revista inglesa Sky at Night.
Quem foi Bürg? Johann Tobias Bürg (1766 - 1835) foi um astrônomo austríaco. Bürg nasceu em Viena e trabalhou como professor e astrônomo em Klagenfurt, na Carinthia. Ele posteriormente trabalhou como assistente no observatório astronômico de Viena, de 1792 até se aposentar em 1813.
Bürg é uma destacada cratera de impacto do tipo complexa, localizada no quadrante nordeste da Lua. De modo geral, ascrateras do tipo complexas apresentam paredes estruturadas em forma de degraus ou curvas de nível ("terraces"), pisos planos e montanha central. Bürg por sua vez, não foge à essa regra, por ser uma formação apresentando bordas com declives íngremes, paredes altas e estruturadas em forma de curvas de nível, piso interno liso e proeminente montanha central com dois picos, que ocupa boa parte do piso.
Bürg está inserida num perímetro formado por ruínas de uma antiga cratera inundada por lava , conhecida como Lacus Mortis. Ao sul de Bürg, encontra-se a cratera Plana e, a sudeste, localiza-se a cratera Mason.
A borda da Bürg é quase circular, apresentando pouco desgaste. O interior é em forma de “tigela” (côncavo), mas com piso plano. No lado oeste de Bürg existe um sistema de canais (rille ou rima) designado Rimae Bürg, que abrange uma distância de aproximadamente 100 km.
Lacus Mortis, é uma planície de lava basáltica no quadrante nordeste da Lua. Lacus Mortis, na realidade, trata-se de uma antiga cratera inundada por lava.
Em seu interior, localiza-se com destaque, um pouco para leste do ponto central, a interessante cratera Bürg.
A área sudoeste de Lacus Mortis contém um extenso e delicado sistema de sulcos ou canais (rilles), do tipo linear, que cortam o seu piso de lava, designados como Rimae Bürg.
Lacus Mortis está localizadologo ao sul do extenso Mare Frigoris. Os dois são separados apenas por uma faixa de terreno acidentado, não muito larga.
Ao sul localiza-se o Lacus Somniorum, que encontra-se separado de Lacus Mortis, pelas crateras Plana e Mason e por uma pequena área de superfície irregular.
A Cratera Posidonius:
Esta magnífica cratera circular é considerada um dos mais belos alvos para telescópios existentes no quadrante nordeste. Uma bela cratera com seu piso apresentando fendas, sulcos, canais e outros detalhes. A circunferência, que não é perfeita, tem cerca de 95 Km de diâmetro e sua profundidade atinge 2,3 Km.
Sua parede é mais ampla e regular do lado leste, onde apresenta uma grande depressão longitudinal (restos de um segundo anel de cratera). No lado nordeste, estão localizados duas pequenas crateras (Posidonius B, Lat: 33.1° N, Long: 30.9° E, diâmetro: 14 Km e Posidonius J, Lat: 33.8° N, Long: 30.7° E, diâmetro: 22 Km).
Em seu piso, aparece bem marcado, os restos de um segundo anel, formando um conjunto quase concêntrico com o desenho principal, separada por um intervalo de 16 Km. Seu piso também hospeda duas pequenas crateras (Posidonius A, Lat: 31.7° N, Long: 29.5° E,com 11 Km de diâmetro e Posidonius C, Lat: 31.1° N, Long: 29.6° E, com 2 Km de diâmetro). No centro do piso existe um conjunto de 4 pequenas montanhas formando um semicírculo.
Dados técnicos da foto:
Autor:
Ricardo José Vaz Tolentino.
Data e Hora:
20/02/2011, 02h48m;
Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram utilizados filtros.
Telescópio:
Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;
Diâmetro Espelho Primário:
305mm (12”);
Distância Focal:
1500mm;
Focal/Ratio - (f/):
5;
Tripé ou Montagem:
Dobsoniana;
Barlow:
ORION Highlight 3X Barlow;
Câmera:
Orion StarShoot Solar System Color Imager II;