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A ampla, antiga, erodida e "pavimentada" EDDINGTON.
EDDINGTON é uma bela e grande cratera de impacto (também chamada de planície murada - "walled plain"), localizada próxima ao limbo noroeste lunar, apresentando diâmetro de 120 Km e profundidade de 1,3 Km, posicionada nas coordenadas selenográficas LAT: 21° 30′ 00″ N e LON: 071° 48′ 00″ W.
Trata-se de uma formação muito antiga e ampla, criada no período Pré-Nectárico (de 4,55 bilhões até 3,92 bilhões de anos atrás), dotada de paredes muito desgastadas e interrompidas (apresentam muitos "gaps"). Seu espaçoso piso interno apresenta-se com aspecto liso e plano, pois foi inundado por lavas basálticas escuras, que endureceram e pavimentaram todo o interior da cratera. O fluxo de lavas que adentrou a cratera EDDINGTON através das várias brechas de seu aro erodido, foi proveniente do enorme Oceanus PROCELLARUM.
O amplo piso interno de EDDINGTON também hospeda alguns impactos de pequenas crateras, sendo que, a de maior destaque, apresenta apenas dois pedaços de paredes remanescentes, em forma de dois arcos, e foi nominada pela International Astronomical Union - IAU como Eddington P (diâmetro: 12 Km, profundidade: 350 m). A superfície do piso interno também apresenta algumas manchas brancas ("white spots").
O nome EDDINGTON homenageia Sir Arthur Stanley Eddington, (1882 – 1944), que foi um astrofísico britânico do início do século XX. Ele recebeu, em 1928, a medalha de ouro da Real Sociedade Astronômica (Gold Medal of the Royal Astronomical Society). O "limite de Eddington", ou seja, o limite natural para a luminosidade que pode ser irradiada por acreção sobre um objeto compacto, é nomeado em sua homenagem.
Eddington esteve na Ilha de Príncipe (arquipélago de São Tomé e Príncipe), chefiando a equipe inglesa, para o acompanhamento do eclipse solar total, de 29 de maio de 1919, que teve a duração de 6 minutos e 14 segundos. Eddington é famoso por seu trabalho de divulgação da Teoria da Relatividade de Einstein, através de um artigo escrito em língua inglesa, também em 1919. Antes porém, em 10 de outubro de 1912, Eddington esteve no Brasil, na cidade de Passa Quatro / MG, para acompanhar outro eclipse total do Sol.
O melhor período para observação da cratera EDDINGTON é no sexto dia após à fase quarto-crescente ou no quinto dia após o quarto-minguante.
Imagem (Norte para cima): A ampla cratera EDDINGTON (120 Km de diâmetro) fotografada em voo orbital pela sonda robótica americana Lunar Orbiter 4 da NASA.
Imagem: Lua cheia enfocando a érea de abrangência da foto enfocando a cratera EDDINGTON - VTOL.
Composição: A pequena cratera Eddington P (diâmetro: 12 Km) fotografada pela sonda americana Lunar Orbiter 4 e seu perfil altimétrico SW - NE (LRO QuickMap).
Foto executada com apenas 1 frame em 14 de março de 2014, 23:40:30 (02:40:30 UT).
Foto executada com apenas 1 frame em 22 de outubro de 2018, 22:21:25 (01:21:25 UT).
Foto executada por apenas 1 frame em 20 de janeiro de 2019, 00:55:56 (02:55:56 UT).