Informações sobre a Foto
A pequena e misteriosa cratera LINNÉ em 05 de maio de 2018.
Cratera LINNÉ:
Diâmetro: 2,2 Km;
Profundidade: 0,6 Km;
Coordenadas Selenográficas: LAT: 27° 42′ 00″ N, LON: 11° 48′ 00″ E.
Período Geológico Lunar: Copernicano (de -1,1 bilhão de anos atrás até os dias atuais).
Melhor período para observação: 6 dias após a Lua nova ou 5 dias após a Lua cheia.
Quem foi Linné? Carl Von Linné: (1707 – 1778) foi um botânico, médico e zoólogo sueco, que criou a nomenclatura binomial e a classificação científica, considerado o pai da taxonomia moderna.
Foto: Lua cheia apresentando a abrangência da foto principal - VTOL.
LINNÉ é uma minúscula e jovem cratera de impacto de morfologia simples, com formato bem circular em forma de "tigela", de localização isolada nas lavas escuras no lado oeste do Mare SERENITATIS, com 600 m de profundidade e circulada por uma cobertura de material relativamente fresco e bastante claro (alto albedo), ejetado no impacto de sua criação.
LINNÉ é uma cratera muito jovem (período Copernicano), de tamanho reduzido (tem apenas quase o dobro do diâmetro da cratera Barringer no Arizona / EUA), que testa o limite da resolução visual dos pequenos telescópios.
LINNÉ é pequena em tamanho, mas grande em mistério. Desde a segunda metade do séc. XIX, precisamente em 1866, existiam relatos observacionais de alterações visuais na cratera LINNÉ. Em 1866, o experiente observador lunar e cartógrafo alemão Johann Friedrich Julius Schmidt (1825 - 1884) alegou que a cratera Linné tinha mudado sua aparência, com base em desenhos feitos anteriormente por outro renomado astronomo alemão, Johann Hieronymus Schröter (1745 - 1816), bem como observações pessoais e desenhos feitos por ele mesmo entre 1841 e 1843. Dessa forma, ficou registrado uma antiga ocorrência de TLP (Transient Lunar Phenomena). Talvez, relatos assim, possam ser exemplos clássicos de erros de observação ou problemas com o equipamento utilizado, que podem ocorrer quando os detalhes das formações estão próximos do limite da resolução do telescópio utilizado.
A cratera LINNÉ foi formada em um depósito espesso de lava basáltica do MARE SERENITATIS. Normalmente, as jovens crateras que, como LINNÉ, foram criadas em mares de lava basáltica, possuem grandes quantidades de pedras e pedregulhos espalhadas por seus flancos exteriores, que somente podem ser visualizados por imagens de altíssima resolução, feitas a poucos quilômetros de altitude, por sondas espaciais.
Fotos: A jovem e pequena (diâmetro: 2,2 Km) cratera LINNÉ fotografada pelos tripulantes da missão APOLLO 15 (acima) e fotografada pela sonda espacial robótica LRO da NASA (abaixo).
Imagem: O perfil altimétrico W – E da pequena cratera LINNÉ - LRO QuickMap.
A Família LINNÉ:
Existe na região de lavas negras do Mare SERENITATIS, uma linha com direcionamento noroeste-sudeste composta de jovens e minúsculas crateras de impacto simples, conhecidas como a Família LINNÉ. São elas: Linné G, H, F, B e A. Nessa cadeia de pequenas crateras, Linné F e B são um pouco maiores, com cerca de 5 Km de diâmetro cada uma. LINNÉ propriamente dita encontra-se a sudoeste da ponta sul da linha.
Foto: A minúscula cratera LINNÉ e sua família, compostas pelas crateras Linné G, H, F, B, A e D, todas pequenas e alinhadas (exceto Linné D). A proeminente cratera de piso fraturado na direita da foto é POSIDONIUS, com 101 Km de diâmetro. Foto executada com apenas 1 frame por VTOL em 10 de abril de 2012, 05:04:32.
Foto (Norte para a direita) executada com apenas 1 frame em 22 de fevereiro de 2011, 02:06:54.
Foto executada com apenas 1 frame em 11 de abril de 2012, 03:18:14 (06:18:14 UT).
Foto executada com apenas 1 frame em 05 de maio de 2018, 01:57:20 (04:57:20 UT).