Informações sobre a Foto
GASSENDI & Rimae Gassendi.
GASSENDI – Cratera com 110 Km (69 milhas) de diâmetro. Lat: 17.6º S Long: 40.1º W.
Foto no mapa LAC 93.
Melhor época para observação: 3 dias após à fase “quarto crescente” ou 2 dias depois da fase “quarto minguante”.
Quem foi Pierre Gassendi ? Astrônomo, matemático, filósofo e padre frances (1592-1655).
A grande cratera Gassendi está destacadamente localizada na margem norte do Mare Humorum e foi inundada por lava quando da formação do referido Mare. Por isso, somente a sua borda circular e os picos centrais sobressaem-se acima da superfície. Ao longo da borda de Gassendi, encontramos partes com alturas que variam de 200m a 2,5 Km acima da superfície.
A superfície do piso interno da cratera Gassendi é cortado por um sistema de vários canais (rille), que dão um aspecto “fraturado” ao piso. Nessa rede de canais ramificados, quando somados cada ramifiacação, chega-se ao equivalente a 146 Km de comprimento. Esse sistema de canais, recebeu o nome de Rimae Gassendi.
No lado norte de sua borda (lado mais elevado) existe uma pequena cratera “intrusa”, conhecida como “Gassendi A” (Lat: 15.5º S Long: 39.7º W). O posicionamento de “Gassendi A” em relação à Gassendi, forma uma imagem semelhante a um anel com pedra preciosa.
Em abril de 1966, membros do “BAA Lunar Section” (British Astronomical Association – Seção Lunar) reportaram a aparição de uma súbita incandescência avermelhada em Gassendi. Essa coloração avermelhada foi confirmada por vários observadores experientes da época. A partir daí, Gassendi tornou-se um alvo quente para a procura de TLP (Transient Lunar Phenomena) - fenômeno lunar transitório, breve ou passageiro, que são descritos como aparições rápidas de luzes, cores ou mudança de aparência no visual, o que poderia demonstrar a existência de manifestações vulcânicas, escape de gases ou outros processos geológicos que supostamente implicaria que a lua não estaria geologicamente morta.
Ao norte de Gassendi encontra-se uma grande e quase fantasma cratera que foi inundada de lava conhecida como Letronne (diâmetro: 116 Km, Lat: 10.8º S Long: 42.5º W). A parte norte da borda dessa cratera foi encoberta pela lava, fazendo uma abertura para o Oceanuns Procellarum (Oceano das Tormentas).
MARE HUMORUM – 425 Km (265 milhas) de diâmetro. Lat: 24.4º S Long: 38.6º W.
Foto no mapa LAC 93.
Melhor época para observação: 3 dias após à fase “quarto crescente” ou 2 dias depois da fase “quarto minguante”.Mare Humorum (Mar da Umidade) está entre os menores mares (ou “maria”) da Lua. Seu perímetro é “pavimentado” por lava basáltica escura, rica em ferro e magnésio, sendo visível a olho nu e facilmente identificável quando a Lua estiver próxima da fase “Lua Cheia”. Também é facilmente definida com o uso de telescópio, pois é contornada por montanhas e crateras brilhantes. O arco de montanhas define uma bacia quase circular com 425 Km (265 milhas) de diâmetro.
Inicialmente, era uma gigante depressão tendo talvez de 3 a 5 Km de profundidade. Tempos depois, impactos de asteróides e cometas criaram as grandes crateras que são vistas em suas bordas e muitas outras em seu interior que não são mais visíveis. Porém, a pré-existente grande depressão da bacia original, produziu profundas fraturas na crosta, possibilitando vários escapes para erupções de magma. A lava inundou a bacia com profundidade suficiente para soterrar muitas das crateras existentes em superfícies baixas de seu interior. Só aquelas em locais mais altos sobreviveram, como por exemplo, a cratera Gassendi.
Dados técnicos da foto:
Autor:
Ricardo José Vaz Tolentino.
Data e Hora:
14/02/2011, 22h40m;
Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram utilizados filtros.
Telescópio:
Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;
Diâmetro Espelho Primário:
305mm (12”);
Distância Focal:
1500mm;
Focal/Ratio - (f/):
5;
Tripé ou Montagem:
Dobsoniana;
Barlow:
Celestron Ultima 2X Barlow;
Câmera:
Orion StarShoot Solar System Color Imager II;