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Crateras de Impacto

 

Crateras de Impacto na Lua:

As crateras de impacto são resultantes das colisões de asteroides, cometas ou meteoritos com a superfície da Lua. Esses objetos atingiram a Lua com velocidades variadas, mas em média com cerca de 20 Km/s. A superfície da Lua é marcada por milhões de crateras de impacto. A Lua é um enorme "ferro velho" de crateras.

Em nosso planeta, a maioria dos objetos vindos do espaço queimam em nossa atmosfera e não atingem a superfície da Terra. Já na Lua, como  não há atmosfera para ajudar a protegê-la dos impactos, sua superfície registra as milhões de marcas ou crateras acumuladas ao longo dos 4,5 bilhões de anos de sua história.  Além disso, na Lua não ocorrem erosões provenientes do vento e da água, como acontece na Terra. Também não mais ocorrem na Lua, atividades geológicas, que ocasionariam desgastes posteriores nas crateras. Logo, as crateras lunares permanecem como originais até que outros impactos subsequentes mudem o cenário.

As crateras de impacto são classificadas em três grupos morfológicos, baseado no tamanho crescente de seu diâmetro:
 
- Simples;
 
- Complexas;
 
- Bacias.
 
Esta série de classificação é chamada de "sequência principal de crateras de impacto” e foi introduzida por geólogos líderes no US Geological Survey em Flagstaff, Arizona / EUA.
 
Os detalhes do formato de uma cratera dependem, em parte, da resistência da rocha onde o impacto aconteceu. Logo, uma cratera pode também fornecer informações a respeito das propriedades das rochas da superfície circundante.
 
Diferentes tipos de Crateras de Impacto - Morfologias SIMPLES e COMPLEXA:

O tamanho, massa, velocidade e ângulo do objeto em queda, determinam o tamanho, a forma e a complexidade da cratera resultante. Objetos pequenos e lentos produzem impactos de baixa energia e criam pequenas “crateras simples”. 

Objetos grandes e rápidos liberam muita energia nos impactos e formam grandes “crateras complexas”. Impactos muito grandes podem até mesmo causar a formação de “crateras secundárias”, por causa do material ejetado para a superfície circunvizinha, pelo efeito do impacto, formando uma série de novas pequenas cratera.

Crateras de Impacto SIMPLES:

Geralmente (quando neste texto for usado a palavra "geralmente", significa que existem exceções, principalmente nos tamanhos definidos), a maioria das crateras da Lua que têm diâmetro inferior à aproximadamente 15 Km e possuem “forma simples”, parecida com uma “tigela”.

    

    Imagemesquema em "corte" de uma Cratera de Impacto Simples - zoomschool.com.

Crateras de impacto de morfologia “simples” têm depressões em forma de tigela e, na maioria dos casos, com paredes lisas. Este tipo de cratera, geralmente tem sua profundidade cerca de 20% do seu diâmetro.

                                

                               Foto: exemplo de Cratera de impacto Simples - HERIGONIUS.

Crateras de Impacto COMPLEXAS:

Geralmente, crateras lunares com diâmetro acima de 15 Km, têm possuem morfologia complexa, geralmente apresentando piso raso, liso e plano (inundado por lava basáltica que escapou por fissuras no fundo da cratera, causadas pelo impacto); montanha ou pico central e paredes das bordas internas formadas por terraços (como “curvas de nível” ou “degraus”), podendo ou não apresentar pequenas “crateras secundárias” nos seus arredores, criadas pelos materiais ejetados por seu impacto. Possuem também, um baluarte ou fortificação em torno do aro externo, criado por materias escavados pelo impacto.

    

    Imagemesquema em "corte" de uma Cratera de Impacto Complexa - zoomschool.com.

Crateras de impacto “complexas” geralmente têm diâmetro até 175 Km.

Fotoexemplo de Cratera de Impacto Complexa - COPERNICUS.

 "Bacias" de Impacto (Impact Basin):

As crateras variam em tamanho de centímetros até muitas centenas de quilômetros. Os enormes impactos de grandes corpos que caíram no início da formação do Sistema Solar, criaram gigantescas cavidades, conhecidas como bacia de impacto. Os materiais ejetados pelos impactos que criaram as bacias, foram distribuídos por amplas regiões da superfície lunar. A morfologia complexa de uma bacia de impacto tem, como característica principal, 2 ou mais anéis concentricos de montanhas.

Imagem: Os anéis concêntricos da bacia NECTARIS, que hospeda o Mare NECTARIS. O anel mais externo é uma grande escarpa conhecida como Rupes ALTAI, com 427 Km de extensão. Foto com Norte para a direita.

As crateras de tamanho extremamente grande, conhecidas como bacias de impacto (diâmetro acima de 300 Km) foram posteriormente inundadas por lava basáltica e formaram os "mares" lunares, de aspecto liso, plano e escuro (mineralogia rica em ferro e titânio), sendo que somente algumas partes dos desenhos originais das bacias ficaram visíveis. As lavas escaparam por fissuras na crosta lunar, causadas pelos grandes impactos que criaram as bacias.

Bacias de impacto são crateras enormes. Existem mais de 40 bacias de impacto na Lua. Esses impactos gigantescos produziram falhas e outras deformações da crosta. Os materiais ejetados das bacias de impacto foram distribuídos em amplas áreas.

A bacia do Polo Sul-Aitken é a maior e mais antiga bacia de impacto reconhecida na Lua. Seu diâmetro é de aproximadamente 2.500 km. A circunferência da Lua tem pouco menos que 11.000 km, o que significa que essa bacia se estende por quase um quarto da Lua. As amostras lunares trazidas pelos astronautas das missões APOLLO indicam que a maioria das bacias de impacto foram criadas há cerca de 3,9 bilhões de anos atrás, num período em que houve um "cataclismo lunar", com muitos  impactos de grandes corpos vindos do espaço. Esse dito "cataclismo lunar" é conhecido como "Bombardeio pesado tardio".  

Os grandes impactos que criaram as bacias também criaram cordilheiras e montanhas. Exemplo disso são os Montes Apenninos (Lat: 18.9o N,  Long: 3.7o W), uma impressionante cordilheira com 978 Km de comprimento. Esse destacado conjunto de montanhas representa a borda sudeste do Mare Imbrium. O aspecto áspero de sua formação, contrasta com os vales planos de aspecto liso dos mares próximos. A cordilheira imprime uma leve curva, seguindo na direção nordeste, onde encontra um grande "gap" ou interrupção. Do outro lado do "gap" inicia-se o Montes Caucausus (Lat: 38.4o N,  Long: 10.0o E), com seus 445 Km de extensão. Esse "gap" faz a ligação entre o Mare Imbrium do lado leste com o Mare Serenitatis do lado oeste.

Na realidade, essa seqüência de cordilheira é uma pequena seção ou seguimento que marca a borda de uma vasta "bacia" de impacto, com cerca de 1200 Km através do hemisfério norte da Lua. O impacto de um grande asteróide ou cometa,  quando nosso satélite natural era ainda bastante jovem, criou essa enorme bacia, que posteriormente foi inundada por lava basáltica e deu origem ao Mare IMBRIUM.

FotoMare Imbrium, Montes Apenninus e Montes Caucausus, resquísios de uma gicantesca cratera de impacto, que foi quase toda inundada por lava.

"Oceanos" e "Mares" Lunares:

As regiões baixas, de aspecto plano, liso e escuro, conhecidos como oceanos ou “mares”, possuem poucas crateras de impacto, quando comparadas com as regiões de terras altas. Isto porque os “mares” foram formados mais recentemente, por inundação de lava basáltica. Os volumes de lava escaparam do interior da Lua por fissuras na crosta, causadas pelos fortes impactos.

FotoMare Serenitatis, localizado numa região baixa da Lua (Bacia Serenitatis), inundado por lava basáltica, com poucas crateras de impacto.

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