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ARISTOTELES, EUDOXUS, BÜRG & LACUS MORTIS.
(créditos: Tolentino)

Informações sobre a Foto

ARISTOTELES, EUDOXUS, BÜRG & LACUS MORTIS.

(créditos: Tolentino)

 

Coordenadas selenográficas de LACUS MORTIS: Lat: 45.0° N, Long: 27.2° E.

Diâmetro de 151 km e área: 21.000 Km2 .

Coordenadas selenográficas de BÜRG: Lat: 45.0° N, Long: 28.2° E.

Diâmetro de 40 km e profundidade: 1,8 Km.

Quem foi BürgJohann Tobias Bürg (1766 - 1835) foi um astrônomo austríaco. Bürg nasceu em Viena e trabalhou como professor e astrônomo em Klagenfurt, na Carinthia. Ele posteriormente trabalhou como assistente no observatório astronômico de Viena, de 1792 até se aposentar em 1813.

Bürg é uma destacada cratera de impacto do tipo complexa, localizada no quadrante nordeste da Lua. De modo geral, ascrateras do tipo complexas apresentam paredes estruturadas em forma de degraus ou curvas de nível ("terraces"), pisos planos e montanha central. Bürg por sua vez, não foge à essa regra, por ser uma formação apresentando bordas com declives íngremes, paredes altas e estruturadas em forma de curvas de nível, piso interno liso e proeminente montanha central com dois picos, que ocupa boa parte do piso.

Bürg está inserida num perímetro formado por ruínas de uma antiga cratera inundada por lava , conhecida como Lacus Mortis.  Ao sul de Bürg, encontra-se a cratera Plana e, a sudeste, localiza-se a cratera Mason.

A borda da Bürg é quase circular, apresentando pouco desgaste. O interior é em forma de “tigela” (côncavo), mas com piso plano.  No lado oeste de Bürg existe um sistema de canais (rille ou rima) designado Rimae Bürg, que abrange uma distância de aproximadamente 100 km.

Lacus Mortis, é uma planície de lava basáltica no quadrante nordeste da Lua. Lacus Mortis, na realidade, trata-se de uma antiga cratera inundada por lava.

Em seu interior, localiza-se com destaque, um pouco para leste do ponto central, a interessante cratera Bürg.

A área sudoeste de Lacus Mortis contém um extenso e delicado sistema de sulcos ou canais (rilles), do tipo linear, que cortam o seu piso de lava, designados como Rimae Bürg.

Lacus Mortis está localizadologo ao sul do extenso Mare Frigoris. Os dois são separados apenas por uma faixa de terreno acidentado, não muito larga. 

Ao sul localiza-se o Lacus Somniorum, que encontra-se separado de Lacus Mortis, pelas crateras Plana e Mason e por uma pequena área de superfície irregular.

 

HERCULES – Cratera com 69 Km (43 Km) de diâmetro. Lat: 46.7º N  Long: 39.1º E).

Foto nos mapas LAC 27 e LAC 26.

Melhor época para observação: 4 dias após à fase “Lua nova” ou 3 dias depois da fase “Lua cheia”.

Quem foi Hercules ? Nome em latin dado pelos antigos romanos a Héracles, famoso pela sua força e herói da Mitologia Grega. Era filho de Zeus com a mortal Alcmena (mulher de Anfitrião, rei de Tebas. Enquanto Anfitrião estava na guerra, Zeus transformou-se na figura de Anfitrião para enganar Alcmena e ter com ela o filho Hércules).

No quadrante nordeste da Lua, localizam-se um par de proeminentes crateras de impacto: Atlas e Hercules.

Hercules que tem 3.2 Km de profundidade, teve o piso interno de sua cratera inundado por lava basáltica, tempos depois do impacto que a cunhou na superfície lunar. Seu pico central foi soterrado pela lava escura. Porém, se observarmos atentamente o seu centro, e veremos uma minúscula protuberância que os cientistas suspeitam ser uma parte remanescente do pico de uma montanha central. Essa minúscula saliência está posicionada ao norte da pequena e jovem cratera Hercules G (14 Km de diâmetro), que quase acertou na “mosca” do alvo Hercules.

A borda sul de Hercules está “carimbada” pelo impacto da minúscula cratera Hercules E (9 Km de diâmetro). No passado, na região de Hercules, foram registrados relatos de TLP (Transient Lunar Phenomenon– fenômeno lunar transitório, breve ou passageiro), que são descritos como aparições rápidas de luzes, cores ou mudança de aparência no visual, o que poderia demonstrar a existência de manifestações vulcânicas, escape de gases ou outros processos geológicos que supostamente implicaria que a lua não estaria geologicamente morta. O termo TLP foi criado em 1968 pelo astrônomo inglês Sir Patrick Moore, autor de mais de 70 livros sobre astronomia e colunista da revista inglesa Sky at Night.

 

 

ARISTOTELES– Cratera com 87 Km (54 milhas) de diâmetro. Lat: 50.2º N  Long: 17.4º E.

EUDOXUS – Cratera com 67 Km (42 milhas) de diâmetro. Lat: 44.3º N  Long: 16.3º E.

Foto nos mapas LAC 13 e LAC 26.

Melhor época para observação: 6 dias após à fase “Lua nova” ou 5 dias depois da fase “Lua cheia”.

Aristóteles – Astrônomo e filósofo grego (383 aC – 322 aC). Aristóteles foi aluno de Platão e professor do conquistador Alexandre, o “Grande”. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão) foi fundador da “filosofia ocidental” (pensamento voltado à contemplação especulativa do mundo).

Eudoxus – Astrônomo e matemático grego (408 aC – 355 aC). Como astrônomo, Eudoxus foi o primeiro a propor um modelo planetário baseado num modelo matemático. Como matemático, usou o “método da exaustão” (método para se encontrar a área de uma figura inscrevendo-se dentro dela uma seqüência de polígonos cuja soma das áreas converge para a área da figura desejada) para calcular áreas e volumes.

Aristoteles é uma cratera de impacto relativamente nova, situada no quadrante nordeste da Lua, na margem sul do Mare Frigoris e a leste da região montanhosa conhecida como Montes Alpes.

O massivo impacto que escavou Aristoteles, ejetou grande quantidade de escombros que alteraram a paisagem ao redor da cratera, criando uma série de pequenas crateras secundárias. Os restos dos desmoronamentos das partes internas das paredes de Aristóteles contribuíram para o desaparecimento dos detalhes criados pelo impacto no seu interior. As paredes internas são largas e formam degraus ou curvas de nível (terraced). Suas bordas não fazem um círculo perfeito e sim uma seqüência de seis segmentos que formam um hexágono arredondado. A cratera tem 3,3 Km de profundidade e seu piso interno é irregular, apresentando ondulações e não existe um monte central e sim pequenas pontas.

Uma cratera menor conhecida como Mitchell (diâmetro: 30 Km, Lat: 49.7º N  Long: 20.2º E) está ligada à parede leste de Aristoteles, desenhando uma espécie de anel com pedra preciosa. Seu piso é irregular, apresentando uma baixa protuberância central. Se observarmos bem, veremos que a parede externa leste de Aristoteles absorveu a parede oeste de Mitchell, indicando dessa forma, que a presença de Mitchell é anterior a de Aristoteles.

Ao sul de Aristoteles e fora do Mare Frigoris  está a cratera de impacto Eudoxus. Ela tem diâmetro menor que Aristoteles, porém é um pouco mais profunda, apresentando 3,4 Km. Ela está cercada por terrenos de media altitude, que compõem a parte norte do Montes Caucasus. Ao sul de Eudoxus estão as ruínas da fantasma cratera Alexander, completamente destruída e tomada por lava.

As paredes internas de Eudoxus também apresentam degraus ou curvas de nível e existe um grupamento de minúsculas colinas na região central do piso.

Dados técnicos da foto:

Autor:

Ricardo José Vaz Tolentino.

Data e hora:             

22/02/2011, 02h31m;

Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram usados filtros.

Telescópio:                        

Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;

Diâmetro Espelho Primário:      

305mm (12”);

Distância Focal:                 

1500mm;

Focal/Ratio - (f/):               

5;

Tripé ou Montagem:                     

Dobsoniana;

Barlow:                                

Celestron Ultima 2X Barlow;

Câmera:                               

Orion StarShoot Solar System Color Imager III;

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